segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Capítulo V



Eu subi para o meu quarto porque minha mãe falou que nós vamos amanhã de noite e eu tenho que fazer minhas malas. Que bom, pelo menos vou poder me despedir dos meus amigos. Peguei uma mala velha e escolhi tres roupas pra deixar de fora, o resto eu coloquei na mala, mas não coube tudo, tive que usar TODAS AS MALAS do meu quarto. mas também deixei a necesserie e as coisas de banheiro. As maquiagens estavam dentro de uma das bolsas, dentro da minha caixa de maquiagens óbvio. Ainda amanha vou ter que comprar mais outras malas de rodinha pra por os meus bichinhos de pelúcia e minhas coisas de cama. Minha mãe falou pra eu deixar todo meu quarto vazio porque amanha não vão parar de entrar e sair de casa, com nossas coisas. Quando eu terminei de fazer o que minha mãe falou eu desci para jantar.
-Mãe a Lu vai com agente não é? - perguntei descendo as escadas.
-Se ela quiser, claro que vai não é filha. - minha mãe estava encaixotando as coisas da sala.
-Não vejo porque não. - disse Luiza da porta da cozinha. - Não tenho familia, nem parentes, nem nenhum namorado aqui. A única coisa que me segura mesmo são vocês duas. - ela foi me abraçar.
A Luiza era minha melhor amiga, por incrivel que pareça. ela é tão doce, me ouve em tudo, pentea meu cabelo, me ajuda no dever, me dá conselhos e eu a considero muito. Apesar dela ter quase a minha idade [elatem18anos] ela parece uma mãe. Cuida de tudo e largou tudo para vir trabalhar aqui.
-Ai que bom Lu, não sei oque eu faria lá sem você - disse ainda a abraçando.
-Bom, mas agora vamos jantar, porque está esfriando. Vamos Amanda, depois eu te ajudo com isso. - ela não nos chamava mais como dona ou senhora, ela já estava tão acostumada.
-Tudo bem.
Nós comemos toda a comida que como sempre estava ótima. A Lu tem uma mão de fada. Depois ainda ficamos conversando e minha mãe ficou tentando explicar como é a casa em Avaré. Bom pelo menos é em um condominio fechado e quando descemos dá para uma represa. Eu amo tomar banho em lago, mar, represa, nunca é a mesma coisa que a piscina.
Bom eu tomei o meu chá com bolo e subi para dormir. Hoje está tão calor, mas tão calor que eu dormi sem cobertor nem nada e com a janela aberta. Dormi.
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Acordei com um barulho infernal de arrasta móveis. Então lembrei que já estavam levando tudo pro caminhão. Levantei e fui tomar banho. Pus uma das roupas e fui pra casa da Beca. Quando eu cheguei lá o Gu tava lá. Com certeza eles tão namorando. E quando eu contei só faltava ela me matar. Ela chorou e chorou. Eu também e o Gu só acalmando agente. Sai da casa da Beca ainda chorando e voltei pra minha casa, mas não entrei fiquei do lado de fora e liguei pra Rafa e contei tudo. Ela também chorou, não preciso dizer que ficamos meia hora só chorando no telefone não é? Depois tive que ligar pro Mat, e ele me desejou boa sorte. Por isso eu gosto do Mat ele fala coisas boas para mim!
Entrei em casa ainda chorando. Minha mãe estava ajustando as coisas e então eu subi para ver meu quarto pela última vez. Não tinha mais nada ele estava completamente vazio havia apenas duas malas pretas de rodinha e minhas coisas de cama em um canto. Eu comecei a arrumar chorando é claro. Não conseguia mais ficar naquele lugar fui pro carro da minha mãe e coloquei o resto das malas dentro do carro. Eu ia ficar com saudade de casa, principalmente dos meus amigos. Olhei as últimas coisas saindo de casa e indo para o caminhão de mudanças. Não queria mais olhar aquilo. Então por fim acabou eu ainda estava dentro do carro, as lágrimas ainda caiam e eu não sabia mais o que fazer. Foi quando eu vi o motorista falando com a minha mãe. Puxa foi tudo tão rápido. Nem deu tempo de curtir pela última vez minha casa. Meu pai nem tinha vindo me ver, nem ligado pra mim. Agora eu também estava com raiva dele. Minha mãe entrou no carro, a Lu também. Olhei para tras e fechei os olhos com força. Queria que tudo isso fosse apenas um sonho, que não fosse verdade e quase acreditei nisso, que quando eu abrisse os olhos tudo isso ia ser um pesadelo, um terrivel pesadelo, mas então o carro partiu fazendo barulho e tremendo sob meu corpo, foi então que eu vi que não era um pesadelo. Isso era a mais pura verdade. Abracei o meu ursinho de pelúcia e cai em lágrimas outra vez.

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