quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Capítulo VI



Senti alguém me cutucando, só então eu percebi que estava dormindo. Quem me cutucava era a Lu, Para eu acordar, havíamos chegado em Avare. A entrada do condomínio era grande e luxuosa. Toda branca com um portão preto, uma cabine com um porteiro dentro, toda branca também. O porteiro conversava com a minha mãe, acho que ela estava pegando as chaves, porque eu não sabia muito bem o que acontecia. Olhei em volta, ainda tentando me localizar. Havia uma cerca de madeira e uma cerca de arbustos com espinhos ao que parecia, mas eu não sabia muito bem estava escurecendo. A entrada também possui uma pequena estrada de ladrilhos cinzas. Depois de um tempo perguntei.
-Já chegamos. - perguntei ainda sem entender nada.
-Pois é Liz, chegamos. - Respondeu Lu com um sorriso maior que a cara.
-A. Até que é bem bonito. - respondi com um sorrisinho, beeeeeeeem pequeno mesmo. - E a minha mãe? Por que ela está lá. - apontei.
-Ela está pegando as chaves de casa. - respondeu ainda sorrindo.
-A tá. Você já viu a nossa casa Lu? - perguntei curiosa.
-OMG' Você falou NOSSA casa. Que lindo Liz. - ela disse boba, como se fosse a coisa mais linda do mundo.
-Nossa. Afinal, é mesmo nossa casa agora não é? - respondi indiferente. - Tenho que me acostumar poxa.
-É. você esta certa. - ela ainda sorria.
Minha mãe estava voltando e então eu continuei deitada.
-Filha, você acordou. - ela sorria também.
-É. infelizmente agora queria poder dormir para sempre.
-Credo filha. Que horror. Nunca mais fale assim!
-A tudo bem, desculpa, mas não sei como vocês duas conseguem ficar tão felizes com uma porcaria de uma mudança.
-Simples filha, nós vamos começar uma nova vida.
-Claro. Nova e chata não é?
-Não filha. Muito legal.
-Atá me diz o que tem de legal no meio do mato.
-Não é meio do mato Lizi. É uma cidade. Uma bela cidade.
-Tá bom mãe, tá bom.
Ela arrancou o carro e em alguns minutos estávamos na tal casa. Confesso que me inprecionei ao sair do carro a casa é imensa. Ao entrar pela cozinha tem um pequeno corredor, que leva a uma sala, onde há um pequeno banheiro. Ao abrir a porta de vidro na frente da cozinha tem uma sala de jantar, então tem uns tres degrais que dão para uma sala com lareira e ao lado esquerdo tem uma sala de TV. Então mais uns tres degrais acima há uma mais uma porta onde tem várias portas, cada delas há um quarto. Tem acho que tres quartos e um banheiro e mais duas suítes. entrei no segundo quarto a direita que escolhi como meu. Abri as portas de vidro e pensei que daria para uma varanda, mas deu para um capo totalmente aberto e um pouco inclinado, todo com grama, e lá embaixo, não tão longe, mas nem tão perto tem uma piscina ENOOOOORME. Sim eu amei *---*. Sai do quarto e deixei aberta a porta. Fui explorar os outros cantos, me surpreendi, a uns 20 metros de distância e um pouco a direita da piscina tem uma tiroleza. Amei isso também. Continuei andando para a direita e lá em baixo tem um campo de futebol, tá isso também não é pra mim, mas vai que um dia eu me interesse. Mais para cima tem uma casa na árvore com uma balança. Isso eu amei *--*, pra lá não tinha mais nada, então eu dei meia volta e fui para a esquerda, mudando de direção. Quando cheguei lá depois da piscina, fui para baixo, porque não tinha nada para cima então eu fui para baixo, onde havia umas árvores, e em uma dela, mais próxima da piscina, tinha um balanço com um pneu amarrado nela. Depois olhei mais para baixo e então eu vi uma pequena porteira de madeira. Desci olhar mais de perto. Ao chegar perto eu notei que estava fechada, mas dava para pular. Eu pulei lógico. Então comecei a andar, observando tudo, é incrível como não havia ninguém lá, nem fora de nenhuma casa. É claro, já estava bem escuro, acho que os pernilongos atacam muito aqui.
-É com certeza atacam. - pensei alto enquanto uma picada acabava de começar a coçar. Desci mais rápido então vi uma churrasqueira, acho que aréa comunitária certo... Bom andei mais para frente e havia um quiosque em um tipo de praia, mas não é praia, a terra é vermelha, e a água não é salgada, eu pus o pé e estava quente. Olhei para cima e vi um tipo de ponte, só que não ultrapassava a represa inteira, só uma parte, para as pessoas pularem, sabe?. Bom era isso, eu voltei para casa não mais odiando tanto esse lugar, eu achei lindo na verdade. Quando eu cheguei minha mãe me procurava aflita.
-Filha. - disse minha mãe me abraçando. - Onde você estava?
-Explorando o local mãe. - disse rindo com a preocupação dela. - Sabia que tem uma represa lá em baixo. - disse tirando os braços dela de volta de mim. - E que tem uma casa na árvore para lá. - apontei.
-Que bom que você gostou filha. - ela riu. - Os caras estão terminando de arrumar as coisas lá dentro na sala e depois já estamos livres para arrumar nossas coisinhas. - os olhos dela brilharam. - você vai ajuda não é?
-Não tenho nada de melhor para fazer mesmo. - eu ri.
Entramos em casa e começamos a desencaixotar as coisas e levar as coisas para os devidos lugares na casa. Depois disso arrumamos tudo. Quando finalmente terminamos era 2:30 da manhã.
-Estou com fome. - disse sentando no sofá em frente da lareira.
-Vou fazer um lanche para nós. - Disse Luiza sorrindo.
-Você é um doce Lu. - Disse minha mãe, mandando um beijinho para ela.
Ela riu e foi buscar o lanche. Quando ela voltou nos ficamos rindo e se divertindo. Até deixei escapar um "até que esse lugar não é ruim". Minha mãe e a Lu me encheram de cócegas e ficaram jogando isso na minha cara o tempo todo. Assim que acabamos de comer, ajudamos a Lu a lavar e arrumar as coisas. Quando finalmente fomos dormir eram 4:50 da manhã.

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